Thursday, November 22, 2018

Hoje há festa no adro



Hoje há festa no adro.
Há serpentinas
Foguetes
E música.

Há borba e churrasco
E até um urubu.
E há cão,
Lá está o Sabidão.
Há padre
Curandeiro
E Mafarrico,
Lá está o Bicancas.
Há gente famosa
E outra nem tanto.

Para mais tarde
Depois de muito churrasco
E muito borba
Há zangas 
Amores
E desamores
Um soutien perdido
E navalhadas,
Nada de mais.

É festa até às tantas
Que amanhã é Domingo
E aqui ninguém trabalha.


(1. Notas: a) "Adro": terreno em frente ou em redor de um templo católico; b) Composição com base em desenhos do autor existentes neste «blog» e em «Corvomanias».)

Saturday, February 3, 2018

A Nau de Quixibá



(1. «É óbvio que não há migalha do mais ínfimo barrote. Deu tudo em calcário pela injecção gigantesca de milhões e milhões de lapas, mexilhões, navalheiras, ouriços, ostras, berbigões, vieiras e, sobretudo, teredos…» - “A Nau de Quixibá”, Torres, Alexandre Pinheiro, Os Grandes Escritores Portugueses da Actualidade, Planeta DeAgostini, 2001, pp. 190-191; 2. Composição digital a partir de desenho a caneta de tinta Nankim; 3. «Alexandre Maria Pinheiro Torres» - Wikipedia)